Há quem ouça o que alego?
Me enxergo como um cego,
Mas eu nem quero mais me ver.
Ser eu mesmo é não mais ser!
E se tantos ouvem, eu prego
Que me nego. A vocês nego
Condição para me conter.
Ser sozinho é mais não ser!
Pois sempre tive tantos egos
Pra vestir, que tive apego
Por alguns em que pude crer.
Nenhum deles mais eu carrego,
Para trás eu ando e chego
A sentir perto, longe ser.
Muito bom, rapaz. Sentia falta de vir aqui deixar registrada minha admiração. É isso aí. Um abraço e vamos sair mais, meu velho poeta.
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