Sobre homenagear através das banalidades
Eu não estou triste, mas sinto uma vontade forte de chorar. Descobri que a amizade me comove. A perda, a separação, a cerveja e o encontro. A carne, a pêra, a água; a lágrima. Ela está sendo o suco de uma imensa sensação de ser humano. Reconheci numa pá de filmes alguns amigos e algumas paixões que têm tornado a minha vida suportável. São os ombros dessas meninas e desses meninos que a suportam sem saber; mas eles talvez saibam. Em suma, o sumo dos meus dias são sangue e suor. As lágrimas, essas eu derrubo aqui comigo pelo prazer de compartilhar o sangue e o suor deles.
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Gosto de tomar banho no escuro e de ficar nu sempre que possível. Gosto de ver a nudez de uma personalidade e de me constranger quando ela se desnuda para mim. Gosto da vergonha de beijar alguém e de me exibir quando penso algo diferente. Gosto dos meus amigos pensando comigo e de sentar no chão. Gosto de abraçar alguém que eu gosto e de receber um abraço inesperado. Gosto de me surpreender com pequenos atos e de flagrar alguma incoerência que passaria despercebida. Gosto de passar despercebido pelo corredor e da conversa com alguém que vê a luz ao invés da lâmpada. Gosto de luz, mas acho que vezenquando a escuridão faz bem pra pele.
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Aquele que escreve é apaixonado por uma amiga. Essa amiga diz ser apaixonada por outro menino. Esse menino diz ser apaixonado por ela. Aquele que escreve sabe que é verdade e aparentemente é feliz por ela, assim, na superfície.
No fundo também.
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Banalidades para Mariana Gama, Consegnato & Benjamin.
Poema livre
Gosto de pensar a linha dos meus dias a partir de um zero.
Gosto de pensar a linha dos meus dias a partir de um
Gosto de pensar a linha dos meus dias a partir
Gosto de pensar a linha dos meus dias
Gosto dos meus dias
Gosto de um zero.
meus dias a partir
pensar a partir de zero.
e o eu a r ir .
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