Dia passa, dia vai
O negrume se refestela de almas
Usando pesadelo de talher
E tem quem reza pra lua o pai
Dia passa, dia vai
O cansaço pesa sobre os ombros
Sob os lençóis, entre as têmporas
E se perde no sono que trai
Dia passa, dia vai
As dores amplificadas pelo frio
Confunde-nos o osso por vidro
Que se estilhaça e o homem cai
Dia passa, dia vai
Com todo pesadelo, todo
Cansaço, toda dor
É na noite que a vida
Me acorda pra vida em flor
Na teimosia que é burlar,
Masoquista, um torpor
Se me submeto vítima
É para então ser senhor
Que acorda com pontada
Fisgando
E vê
Despertado
Agressão que passa
Tristeza que vai
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Surpreenda-me.