a partir de onde se está
se se parte cedo, pega o sol ainda a
leste e talvez um vento
alísio
viajar me faz necessário ao homem inerte
e A Estrada, uma infinita
cobra que come sua própria cauda
é combustível que queima na
medida correta em que cresce
oroboro preta listrada
que guia
e queima,
afoga
de calor e um pouco de frio
na solidão do automóvel que Ela digere
viajar tem mesmo um quê de digestivo
no intestino da cobra
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Surpreenda-me.