O penhasco na beira da rejeição

um quasímodo no beiral
que canta e bebe o vinho
pulando agarrado na corda do sino que dobra às duas, às três
e cai
despenca para a morte como acontece
em todas as mortes da disney
e não se entende por quê poupar crianças
da violência que é a morte para quem
fica
parado
no beiral
tua boca, as igrejas
elas tem uma torre
e uma torre apenas
e se vê as colinas ao largo do horizonte
com o sol de inverno
se vê mesmo as placas azuis
com nomezinhos portentosos
ditando as ruas
e já não sei o que é paixão e
o que é
recusa, não sei se avanço
ou peço perdão
nos beirais,
um vacilo e a queda

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