Não há ser pensante e autoconsciente sem um par.
Linguagem é ferramenta entre pares, e só entre pares. Percepção de significância é outra instância, talvez mais universal.
A percepção de significância seria a interpretação similar de um gesto, som ou imagem por dois receptores que não dividem a mesma constituição biológica e bagagem audiovisual/cultural. Dois seres diferentes. A interpretação se daria em processos de comando ou indicação, não permitindo o diálogo direto; ela funciona, como exemplo simplista e claro, na relação de domesticação de animais.
A linguagem, em nível concreto, é baseada no dualismo. Uma ideia só é compreendida qquando sua contraparte é conhecida. Conhecer, no caso, se dá por meio da experiência sensorial, sem capacidade de abstração de valores quantitativos ou qualitativos, apenas a medição por si só.
Em seu nível abstrato, a linguagem perde os parâmetros gerais de comparação. Os valores assumem aspectos de universalidade e imparidade. As contraposições abstratas são, na verdade, nuances de um mesmo conceito. Nossas capacidades sensoriais não agem em nível abstrato, salvo em interpretações errôneas. Transcender a sensação corresponde a aspirar à universalidade.
Talvez seja impossível a um humano compreender plenamente a universalidade. Talvez sejamos indignos. Talvez ela não exista.
Um texto pro manifesto da produção coletiva!
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