Dândi

A musa atua, simples,
Escondendo sua divindade
Dos outros sem, na verdade,
Saber seu real papel.

Na peça aberta ao céu
A musa muda de idade,
De trajes, de vaidades.
Declama suas ideias,

Conquista sua plateia.
Entro os atos, na passagem,
Longe da multidão

Se fecha em seu camarim.
Aninha-se entre cetim,
Champagne e solidão.

4 comentários:

  1. irado cara! isso ai, ta chegando a 5 obras já =)

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  2. Meu caro Arthur:
    O poema traz algo de corrosivo da condição humana, como se você estivesse rindo do quão patética pode ser uma vida humana: ator sem plateia; beleza sem visibilidade, enfim.
    Muito bom trabalho com a síntese de imagens. Lamento-lhe dizer: você é POETA!
    Rogério Forti

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  3. " Se fecha em seu camarim.
    Aninha-se entre cetim,
    Champagne e solidão"

    nada mais a declarar...
    foda...

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Surpreenda-me.