Terra bailarina

O vento na face, quem faz não é tão
Concreto ou tangível, não posso tocar
Mas há uma presença secreta no ar
Vivendo escondida no giro do chão

Tamanha é a força de tal rotação
Que prende meus pés, me impede o voar
Quem voa inerte no vácuo é meu lar
Por entre o silêncio e a escuridão

Escuro é o palco que a bailarina
Se lança, na dança, com passo imortal
Em cada compasso, ballet é sua sina

Menina dos olhos de seu morador
Eu sinto o vento e sei, não há mal
Apenas os passos, o céu, seu calor

3 comentários:

  1. Eu tô no embalo de uma valsa também, meu parceiro, então não posso deixar de comentar tal obra! Farei uma sobre um tema parecido. Muito boa, cara! Abração!

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  2. "Se ela dança eu danço, se ela dança eu danço..."

    Não?

    é, eu também acho que não...

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  3. Bem, na verdade é bem por aí... Mas é melhor ignorarmos essa analogia.

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Surpreenda-me.